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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Evocações



Saudade! O sol a se esconder. O gado
descendo a serra, longe, entre mugidos
tristes e a voz do córrego anilado
enchendo a tarde branca de gemidos!

Saudade! Eu pequenino. O olhar sagrado
de minha irmã contando aos meus ouvidos
a história de algum Rei Moiro encantado
à voz das rolas dos sertões perdidos...

O velho alpendre à mansa claridade
do luar, como em sonho, despontando
entre as saudosas árvores! Saudade...

A mãe-da-lua as queixas desfiando
e minha mãe, branquinha, de piedade,
diante do altar do Bom-Jesus rezando


Maranhão Sobrinho

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Acredito que...

“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"