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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

VÉNUS

Cabanel, The Birth of Venus

Sublevava-se no verbo uma brancura
onde sucumbem subtis
trampolins de alvaiade com que a espuma
se exalta na penumbra e nos quadris.

E impugna o púbis. O assusta quase
no aperto da sua timidez
batida pelo mar feliz da frase
que se ergue do triunfo do que fez

com Vénus firme a resistir ao meio
da onda aonde se debate a trança.
E onde o desafio do seu seio

emerge, enquanto o justo ritmo avança
na só brancura duma espuma escrita
que ambas instrui e que uma só visita.


Fernando Echevarría

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Acredito que...

“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"