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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
O mar
Ouve! O mar, escarpando as rochas, na agonia
Do sol, parece ter na voz humana acento
De dor! Reza, talvez. Vai recolher-se. O dia
Se ajoelha e a tarde, em sonho, abraça o firmamento
Como nós, pode ser que a tristeza e a alegria
O mar sinta também: precisa, em movimento,
Trazer um coração... Quem sabe o que irradia,
No íntimo, em doce e azul recolhimento.
Escuta! Uma onda vem beijar-te os pés. Não a de
Calma os seios rasgar sobre os basaltos. Quero-las
As ondas todas são. Ouve-lhe a voz. Piedade!
O mar leva-me a crer que tem paixões mortais
Em que rolam, brilhando, as lágrimas das pérolas
E palpita, fervendo, o sangue dos corais...
Maranhão Sobrinho
Do livro Vitórias Régias
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Acredito que...
“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
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