
Quantas Vezes
Quantas vezes caminhei pela praia à espera que viesses.
Luas inteiras. Praias de cinza invadidas pelo vento.
Quantas estações quantas noites indormidas.
Embranqueceram-me os cabelos.
E só hoje quando exausto me deitei em mim
reparei que sempre estiveste a meu lado.
Na cal frágil dos meus ossos.
Nas hastes do mar infiltradas no sangue.
Na película dos meus olhos quase cegos.
Casimiro de Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário