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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
1, DEZEMBRO, 99
As sirenes de polícia multiplicam-se ao inconcebível,
há uma conspiração de sirenes oprimindo
as ruas, todas as ruas
(cidade opressiva desde sua carroça inaugural).
Como fruir os buracos no passeio
se cada passeio é um buraco no peito?
A primeira vez que vi uma sombra humana
a nutrir-se entre os detritos
foi no poema, que bonito.
A segunda – e depois, quantas outras! –,
na dura rua sem filtro.
Transeunte do ar falto,
paralisam-me as sirenes excessivas,
uma legião de sirenes roucas de avisar
que um promissor milênio
quer nascer no lixo.
Jorge Emil
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Acredito que...
“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
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