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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Armadiras da mentilha
‘Minha vida é um rio claro.
Nunca estive tão tranqüilo.
Pois que abram meu sigilo
bancal e fiscário!’
— Ariscos e involuntários,
neologismos faíscam
no político que mente.
Eu também costumo urdi-los
ao mentir abertamente:
‘Escancarem a verdade!
Abram, pois, meu coração,
que nada encontrarão
senão perdade e bondão!’
Jorge Emil
De 'Pequeno arsenal' (2004)
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Acredito que...
“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
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