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domingo, 17 de outubro de 2010

VIII


VIII

Soubeste amar-me
como se eu fosse da tua lavra.
Olvidaste, porém, na obra,
a lucidez para discernir.
Em solidão, eu sei, há que lavrar.
O tempo de erguer os braços
levanta, de súbito, no coração,
e necessária é a praça limpa,
feita um vasto campo
para o amor medrar.

Lindolf Bell
In ‘Incorporação’

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Acredito que...

“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"