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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CANTO PORQUE...

CANTO PORQUE...

Canto porque a poesia
quis falar uma vez mais.
Canto porque a alegria
é uma das horas desiguais.
Canto porque a multidão
existe apenas na voz
que se ouve na solidão.
Canto porque as palavras
passaram cegas à espera
da luz da minha canção.

Alberto de Lacerda

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Acredito que...

“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"