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quinta-feira, 14 de outubro de 2010
LÁGRIMAS ROMÂNTICAS
LÁGRIMAS ROMÂNTICAS
Na espessa e plúmbea cor do céu de agosto
Do dia os raios últimos morriam,
E o cerro e a várzea, ao longe, do sol posto
No vapor doce e pálido esbatiam...
Eu despedi-me trêmulo; o desgosto
Cerrou-te o coração; se umedeciam
Teus olhos belos, por teu belo rosto
Como punhos, as lágrimas caíam...
Parti convulso, delirante e incerto...
O descampado extenso abriu-me o seio,
Sem verde arbusto, sem humano rasto...
E eu partia a estender sobre um deserto
Outro deserto: o da alma, inda mais feio,
Inda mais horroroso, inda mais vasto...
Raimundo Correia
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Acredito que...
“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
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