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domingo, 17 de outubro de 2010
XVIII
XVIII
Eu vejo animais
nas nuvens que se movem.
Nos muros das casas vejo flores
do tempo móvel feitas.
Estas flores nascem das indiferenças
- estas semprevivas escondidas nas palavras.
Vêm debaixo da terra
e da planta dos pés do homem.
E do nó vivo no peito
feito de humilhação e fome.
Eu vejo animais nas nuvens.
Eu vejo animenos nas navens.
Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’
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Acredito que...
“... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Excerto de 'De noite'
- Miguel Sousa Tavares
em “Não te deixarei morrer David Crockett"
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