
XVIII
Eu vejo animais
nas nuvens que se movem.
Nos muros das casas vejo flores
do tempo móvel feitas.
Estas flores nascem das indiferenças
- estas semprevivas escondidas nas palavras.
Vêm debaixo da terra
e da planta dos pés do homem.
E do nó vivo no peito
feito de humilhação e fome.
Eu vejo animais nas nuvens.
Eu vejo animenos nas navens.
Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’
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